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Maio de 2019

PERFIL DE ANALICE FERNANDES

Os pilares de Analice Fernandes                      

Aborto? A favor, apenas em caso de estupro ou riscos à saúde da mãe. Flexibilização do porte de armas? A favor nas zonas rurais. Ensino domiciliar? Contra. Cortes de verba nas universidades públicas? Se mostrou contra. Opiniões de Analice Fernandes, reeleita para seu quinto mandato consecutivo como deputada estadual por São Paulo, com 110.089 votos. A 23ª mais votada sendo também vice-presidente da Assembleia Legislativa.

Formada em enfermagem pela Puccamp, se especializou na área de saúde pública e chegou a exercer a profissão em hospital estadual. Em 2002, se elegeu pela primeira vez deputada de São Paulo. Atualmente, é presidente da Comissão de Saúde na Alesp. 

Sobre saúde, tem projetos que fiscalizam a jornada de trabalho de enfermeiros. Também defendeu a política de vacinação: “Nos últimos anos, o Brasil conseguiu uma cobertura vacinal invejável, não podemos retroceder e colocar nossa população em risco de contrair doenças que já haviam sido erradicadas como a pólio e o sarampo”.

Nascida em Taboão da Serra, onde foi a mais votada em suas cinco candidaturas consecutivas, a deputada é casada com o prefeito da cidade, Fernando Fernandes, mãe de dois filhos e avó.

Além da saúde, também se dedica às áreas relacionadas às mulheres.

Analice é filiada ao PSDB e está na ALESP há 17 anos. Entre seus projetos de lei, destaca-se o que sistematiza e divulga os crimes cometidos contra a mulher, já que os delitos eram divulgados sem distinção de sexo. “É uma questão de educação e de cultura sempre e uma questão de polícia às vezes [...] Quando o machismo coloca em risco a integridade física e moral de outra pessoa, tornar-se uma questão de polícia”

Em 2014, a deputada também possibilitou o acesso à medidas protetivas de forma online, o que facilitou o trabalho dos policiais. No ano passado, iniciou o projeto “Tempo de Despertar” que propõe cursos, rodas de conversas e terapias com o intuito de diminuir a reincidência de réus por violência doméstica.

Ainda sobre sexismo, reitera: “Sou pela igualdade salarial sempre. A diferença salarial é um grande equívoco da nossa sociedade. Nós já temos esse direito resguardado pela Constituição Federal, o que precisamos fazer é nos manifestar, protestar e buscar a justiça em casos concretos.”

Além das pautas que defende, Analice tem um pilar: A Igreja. “Sou batista, e acredito que influencie em minhas decisões, sim, mas não a Igreja do ponto de vista institucional”, afirmou. 

Analice Fernandes afirma que seu objetivo é o fortalecimento das instituições, e diz acreditar que a função da política é ser verdadeiramente um instrumento de transformação social, com respeito às diferenças e ao diálogo, visando a melhoria da qualidade de vida da população.

A deputada não se dispôs a conceder entrevista em nenhuma das duas visitas presenciais à Alesp, nem por telefone. Chegou a prometer que falaria, mas cancelou após 2 horas e meia de espera. Analice alegou agenda cheia.

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REDAÇÃO SOBRE MACUNAÍMA

Junho de 2019

Fogo na mesmice! Salve a brasilidade 

Ai... que preguiça. Mentira! É hora de ter prazer, que venha o nosso Hedonismo de cada dia, dessa vez, sobre o herói que não é herói. Ninfomaníaco, que não é uma referência ética, infantilizado e com um caráter que mescla características boas e ruins. 

Afinal, ele até parece de verdade. Quem não tem defeitos? OK, os defeitos de Macunaíma por vezes extrapolam os limites da moralidade, mas todos nós somos passíveis de erro. Talvez salte os olhos a falta de caráter do herói por conta de nós estarmos acostumados com protagonistas sempre perfeitos, impecáveis. 

Macunaíma e o Brasil se definem ao não se definirem. Não têm uma identidade definida. Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são. Antes fosse só isso. E os outros problemas, jacaré viu? Nem eu... 

Macunaíma seria o ponto de ruptura dos heróis blases gringos? Qual a graça do Capitão América? Ele está sempre certo e nunca erra, nuca perde também. Não tem nenhum momento de sacanagem feita por ele. Aliás, ele faz sexo? Pergunte para as cunhatãs de Macunaíma. Realmente, o herói brasileiro parece bem mais atraente.


Deglutido o Capitão América e digerido, eis que surge Macunaíma. Para que copiar os estrangeiros se podemos fazer o nosso herói do nosso jeito e com nossas peculiaridades de brasileiro? Dá-lhe Mário de Andrade. Brasil 1 x 0 Resto. 

Tupy or not tupy, that is the question. O Brasil está virando adolescente, formando-se e conhecendo-se cada vez mais. O tal do malandro, o brasileiro, índio negro que cai em uma poça para se lavar e se torna com aparência europeia, mas personalidade safada, de Brasileiro. 

Muiraquitã, seu amor, Ci a mãe do mato e o bebê que morreu, as idas e vindas pelo Brasil, o gigante Piaimã, Maanape, Jiguê e tantas outras coisas a serem abordadas só em dois mil toques que até me deu preguiça... 

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PERFIL DE ALEX DE MADUREIRA

Maio de 2019

Um novo político no contexto da nova política


“Tem muita gente falando da nova política e até agora a gente está se perguntando aqui dentro o que que é a nova política. É a transparência, desoneração do governo? O que é a nova política? Todo mundo veio com essa frase, com essa palavra de nova política, mas até agora a gente não encontrou aqui um denominador comum para entender o que é a nova política.” Ao longo da entrevista, o deputado Alex de Madureira (PSD-SP) deu sinais de otimismo em relação ao novo ciclo iniciado neste ano, após as eleições de 2018.

Alexander Muniz de Oliveira, de voz tranquila, assim como sua personalidade, foi eleito com 118.294 já logo na sua primeira candidatura, sendo o 15º deputado com mais votos no Estado.


Alto, 42 anos, divorciado, calmo e com o ensino superior incompleto. Oriundo de Piracicaba, além da quantidade de votos decorada, memorizou também o: 55777, número eleitoral. Em bens declarados, o parlamentar tem R$ 290.295,00 sendo um apartamento e dois consórcios.

Alex de Madureira, como Alexandre Muniz é popularmente conhecido, é pastor da igreja evangélica Assembleia de Deus e explica a relação da religiosidade com a política: “Interfere e não. Lógico, eu tenho uma linha de pensamento, uma linha de trabalho, porém, a minha função pastoral, eu não exerço. Eu tenho o cargo, mas não exerço. Eu não dirijo uma igreja. Eu sempre tive uma função administrativa dentro da igreja. Eu não vejo como atrapalhar, eu vejo como uma contribuição”, argumenta.

Na sala limpa, enquanto o encarregado cuidava do banheiro com problemas, a entrevista acontecia em meio a televisão ligada, sofás, balinhas na mesa de centro, bandeiras do Brasil e de São Paulo. “Se você usar o bom-senso, você vai longe”. Assim Alex de Madureira se define: agregador, aglutinador, com bom-senso e amigo, até dos que tem um pensamento diferente do dele.

“Nós apresentamos um projeto em defesa da família, dos bons costumes, do povo cristão”, afirmou. Mesmo sempre recaindo no tema da igreja, o político faz questão de demonstrar empatia com outros grupos com pensamentos diferentes do dele “Se alguém bater na porta, independente de quem for, nós vamos atender. Mas eu tenho sim um olhar voltado para o povo cristão, para as famílias. Eu vejo que nós temos essa oportunidade de poder fazer o bem. Eu não posso perder essa oportunidade.” Pareceu sincero.

Com a voz sempre inalterada e pensando em cada palavra, a entrevista decorreu ao som das inúmeras notificações do celular dele. Alex também se mostra aberto a emendas em seus projetos – sem especificar – e preocupado com a situação social de Piracicaba e região, elegendo esse como o maior desafio da localidade.

“Essa é a política, não vou dizer para você que é a nova ou a velha, política é assim, a arte do convencimento, um tenta convencer o outro de que a ideia dele é melhor. Essa é a política.”

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REDAÇÃO DE PORTUGUÊS COM TEMA LIVRE

Maio de 2018

O paradoxo da troca de características. 


Desde quando quem ganhou mais títulos é o país do futebol? Uma análise um tanto quanto parcial. E se o país do futebol fosse aquele que mais vezes chegou em finais de Copa do Mundo? Muda tudo então, parem o mundo, o Brasil não é mais o país do futebol. 

Exatamente, agora o Brasil é o país da responsabilidade financeira, já que a Alemanha é o país que chegou mais vezes em finais de Copa do Mundo, 8, contra 7 vezes em que o Brasil ganhou ou ficou em segundo lugar. Simples assim, trocas de papéis. 

O país da irreverência, do drible não fica mais na América. O Brasil pratica uma economia exemplar e modelo, a política, nem se fala. Políticos comprometidos e responsáveis com o bem maior, a nação, são a maioria.

Em contrapartida, o jeitinho alemão segue dando trabalho na comunidade europeia. Os bávaros, em algumas interpretações, vivem em um regime de pão e circo, onde o país do futebol esquece todos os problemas, ao menos duas vezes por semana, nada mais natural, afinal é dia de rodada de futebol. 

Pragmático e organizado, definições do futebol brasileiro, mas que extrapolam as quatro linhas já que o país tem uma economia responsável e equilibrada, sem falar na política consciente, características inquestionáveis, quase que verdades universais.


Na Alemanha, o melhor jogador do time não precisa voltar para marcar, calma! Coloca um volante a mais e está tudo resolvido, afinal de contas, a bagunça que um jogador diferenciado faz, vale mais que um organismo sincronizado nas suas ações e balanceado, completamente o oposto do Brasil. 

Antagônicos, os melhores talentos do futebol são alemães, cada jovem que surge já é cercado de expectativa e promessas. Além de ter um valor de mercado astronômico.


Em compensação, no Brasil, o futebol coletivo prevalece, não surgem tantos craques, mas existem muitos jogadores de alto nível. Como o Brasil não é o país do futebol, um jogador brasileiro nota 7 vale bem menos que um alemão nota 7. 

Agora, na copa do mundo de 2018 as duas seleções podem se enfrentar logo nas oitavas de final, depois do 7 a 1 do Brasil em cima da Alemanha. O agravante: na Alemanha! Mas claro, o país do futebol estava jogando sem sua maior estrela, que tinha se lesionado um jogo antes. Mesmo assim, o Brasil foi firme e ganhou goleando. Agora, 4 anos depois, os jogadores brasileiros até admitem que não fizeram mais gols por vontade própria, para não humilhar mais os alemães. 

A questão que fica sempre que as seleções se enfrentam: quem vence, o futebol brasileiro, sem gênios, mas com muito treinamento ou o improviso alemão, que sempre conta com ao menos uma dupla genial? Em Copas do Mundo, o Brasil venceu a Alemanha na última edição por 7 a 1, mas em contrapartida, a Alemanha conseguiu vencer o Brasil na final da Copa do Mundo de 2002.


O que vale mais, ganhar uma final em cima de um futebol organizado ou golear o futebol arte, em solos do país do futebol? 

As duas seleções se enfrentaram em março e a Alemanha venceu os atuais campeões mundiais por 1 a 0, tirando um pouco do peso do 7 a 1 aplicado pelo Brasil, mas era um amistoso. Agora, fica a expectativa de como os times vão se sair na Copa do Mundo da Rússia.  

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REDAÇÃO SOBRE UMA DESCRIÇÃO DE UM ESTABELECIMENTO

Agosto de 2018

O ponto g mais famoso de Pirituba 


Pirituba. Zona oeste do subúrbio paulistano. Mais especificamente; avenida Raimundo Pereira de Magalhães, próximo ao terminal Pirituba de ônibus e de trem, caminho diário. Isso mesmo, trem, não metrô. Rua cheia de buracos, uma das mais movimentadas do bairro, com muitas subidas e descidas. 

Mais de 40 anos de história. Dois sobrados geminados, que, na parte de cima, não se sabe o que são, espera-se que sejam habitações. Descendo pelas sujas paredes, que tentam ser brancas, um toldo verde musgo, velho e fedido está lá. Nele, letras amarelas mostarda contrastam o nome do estabelecimento. 

Pouco acima do toldo, uma tentativa de iluminação, precária e velha. Portas de vidro de deslizar, ao todo, são duas. Confuso? Use a imaginação: parede fina em largura, entrada de vidro, parede mais grossa de largura, entrada de vidro. Essa é uma parte da entrada, toda intercalada. 

Imediatamente ao lado, a fachada continua no mesmo molde: toldo verde musgo velho em cima de parede intercalada com vidro, que dessa vez não significa entrada, e sim visão para a avenida Raimundo Pereira de Magalhães. 

Sejam bem-vindos. Cadeiras e mais cadeiras pretas de plástico, todas simples. Um balcão largo, que vai da entrada fazendo a curva acompanhando a arquitetura do estabelecimento. Tudo usual. Chão com piso normal, azulejo básico. Paredes e teto brancos, esses sim, verdadeiramente brancos. 

Subindo a vista do chão ao teto, painéis com ilustrações são expostos. A arquitetura do lugar em si não é chique, tem pilastras em todo o lugar, que geralmente está repleto de pessoas de todas as idades e sexos. 

Do lado de fora é bem perceptível que são dois ambientes, mas na parte interna não. Apenas uma escada separa as estruturas construídas de maneira geminada. Descendo os curtos e poucos degraus, mais do mesmo. 

Você já sabe o que é. Um restaurante, mas não “um” e sim, “o” restaurante de Pirituba. O Garrafão. As mesas que acompanham as muitas cadeiras são de madeira, sempre ornamentadas com mostarda, cardápio, ketchup, barbecue e guardanapos. 

O tradicional restaurante piritubano encanta com seus sabores e seu charme. Em meio a agitação do lado de fora, encontra-se tranquilidade na parte de dentro, além de boa comida, lanches, em sua maioria. 

Batatas fritas e hambúrgueres quase artesanais e bem caprichados nos condimentos, tamanho e sabores, se destacam em meio a tantos e tantos estabelecimentos displicentes. Sim são lanches grandes, no cardápio, inclusive, pode-se escolher entre a variedade dos lanches o tamanho desejado. 

Cheiro fica mais forte e mais forte, o garçom de boné e avental chega com a bandeja prata circular trazendo o lanche, é a hora mais esperada do dia.  

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